O mercado da habitação de luxo promovido no Porto continua a ter como melhores clientes, os Portugueses. Estes representam atualmente 84% do total, enquanto que os restantes 16% dos compradores são internacionais. Ao mesmo tempo, verifica-se uma expressiva mudança no mercado residencial da Invicta: a Avenida dos Aliados tem vindo a superar a Foz, na quantidade de projetos em promoção.
De acordo com um estudo realizado com o apoio da Câmara Municipal do Porto, a zona que envolva a Avenida dos Aliados, no centro do Porto, concentra 85% de todo o investimento estrangeiro no Porto. Naturalmente, também é a zona que regista o valor médio da habitação mais elevado, com 4.977€/m2.
Segue-se a zona da Foz e Nevogilde (zona Ocidental) com um preço médio de 4.790€/m2, e da Marginal do Rio Douro, que apresenta 4.203€/m2. Assim, a Avenida dos Aliados ultrapassa a zona da Foz na quantidade de projetos em promoção, bem como nos preços, com o eixo Mouzinho/Flores a atingir máximos de 10.890 Euros/m2. Na Foz, os valores são de 9.000Euros/m2.
Baseado num levantamento exaustivo da oferta dos últimos três anos, ao analisar cerca de 2.900 frações em cinco zonas diferentes, o estudo retrata de forma realista, o estado do mercado imobiliário residencial na cidade do Porto. Permite concluir, por exemplo, que o valor médio por m2 no concelho do Porto é de 3.617€, onde a oferta de T1 é predominante, representando cerca de 35% do total das habitações.
Centro com preços mais altos, repartido por muitas microzonas
O centro da cidade é a zona que concentra mais empreendimentos residenciais do Porto, num total de 117, embora uma grande parte se desenvolva em Cedofeita. Contudo, é também aqui que se concentra o maior número de microzonas, sendo estas 38% mais caras que o preço médio do resto da cidade: assinalam uma média de 4.977€/m2”.
A zona marginal do Douro, mais conhecido por Riverside no mercado residencial, absorve 9% dos empreendimentos do Porto, cuja área destaca-se como uma nova zona de desenvolvimento, sendo a ligação entre a Baixa da cidade e a zona Ocidental (Foz do Douro/Nevogilde e Aldoar). A Riverside é também a zona, onde se verifica o segundo valor médio de venda mais elevado da cidade: 16% mais elevado.
É na zona Ocidental onde encontramos 17% da oferta da cidade e onde estão situados os empreendimentos de melhor qualidade e com maior concentração de apartamentos T4. A Foz é a microzona mais cara, concentrando igualmente aqui 65% da oferta, com 5.526€/m2 de valor médio.
Por fim, a zona Oriental representada pelo Bonfim e Campanhã, dispõe de 17% da oferta total de empreendimentos, a um preço de venda de 3.043€/m2, ou seja, 16% abaixo do valor de referência para a cidade.
A área Innovation District destaca-se na construção nova
O Innovation District, de que fazem parte as Freguesias de Ramalde e Paranhos, representa 13% da oferta da Invicta e tem um preço médio de 2.725€/ m2, 32% abaixo da referência da cidade. Esta zona é definida por possuir maioritariamente empreendimentos de grandes dimensões, com uma média de 25 frações, e prevê-se que será a zona com maior oferta no futuro.
Os dados do estudo confirmam o rumo de uma mudança. Neste momento, pode observar-se o alargamento do segmento alto da Foz para o Centro e para a Riverside. Na verdade, estas zonas mais caras ganharam novo dinamismo porque se reinventaram. Assim, prevê-se que o Innovation District se torne rapidamente na zona emergente de destaque,que vai permitir responder eficazmente à futura procura. Além disso, a Câmara Municipal do Porto considera também, uma das zonas prioritárias de desenvolvimento.
Em termos habitacionais, prevê-se que o Innovation District irá ter 40% da oferta futura e o Centro da cidade 25%. Assim, estas duas zonas são as que apresentem mais perspetivas de dinamização do mercado, devido ao plano estratégico da cidade, associado a revitalização e a reabilitação destas duas zonas especificas, impulsionando o desenvolvimento do património privado e público.
A Innovation District prevê a maior área de construção, com mais de 65 mil m2, inseridos no projeto da Round-Hill-Capital, em Paranhos e uma oferta de preço mais direcionado para o mercado nacional. Enquanto que a maior concentração de empreendimentos em fase de desenvolvimento, irá manter-se no Centro da cidade, com oferta prevista para os próximos três anos.
Perspetivas de evolução do mercado promissoras no Porto
O estudo adianta ainda que o Porto vai continuar a ter um mercado habitacional em plena evolução. Neste momento, existem quase 100 empreendimentos na cidade, com cerca de 190 mil m2 de área de construção, agendados para os próximos anos, mantendo vivo o dinamismo do setor residencial do Porto. Entre 2020 a 2022, vão entrar no mercado cerca de 2.600 habitações, equivalendo assim a oferta dos anos anteriores.
Por conseguinte e para finalizar, o estudo permite ter uma visão mais ampla de todo o setor habitacional do Porto, atualmente um destino muito apreciado e apetecível para portugueses e estrangeiros. Assim, é possível concluir que o mercado residencial do Porto ainda tem muita capacidade de crescimento, mesmo que até agora tenham sido os compradores Portugueses quem mais se destacaram.
